segunda-feira, 11 de março de 2013

É urgente a criação de um novo partido destinado a Resgatar Portugal


A terceira república portuguesa tem-se caracterizado por uma alternância de governos dominados pelos principais partidos de centro-esquerda e de centro-direita.

À excepção do Partido Comunista Português (PCP), fundado em 1921, e do Bloco de Esquerda (BE), fundado em 1998, as principais forças políticas, aquelas que tradicionalmente capitalizam um maior número de votos, foram fundadas entre 1973 e 1974.

Esta supremacia eleitoral dos partidos formados pouco antes e imediatamente após o golpe de Estado militar de 25 de Abril de 1974 só foi quebrada pelo Partido Renovador Democrático (PRD), o qual viria a registar em 1985, precisamente no ano em que foi fundado, o terceiro maior resultado, capitalizando os votos dos descontentes com a política de austeridade posta em prática pelo, então, governo de coligação PS-PSD (1983-1985) liderado por Mário Soares (o denominado Bloco Central).

Tal como nessa altura, vive-se actualmente um período de enorme descontrolo económico por parte do estado, da banca, das empresas privadas e das famílias. Por força do memorando de entendimento com os credores da Troika, o bloco central está comprometido com políticas de austeridade de efeitos devastadores, agravadas pelo fanatismo ideológico do actual governo, que não olha a meios, nem a custos nem a consequências enquanto não substitui o estado social por um estado assistencialista, inútil, caro, autoritário e repressivo. Tal como nessa altura, a contestação a estas políticas sobe de tom de dia para dia, ameaçando ficar fora de controlo. Tal como nessa altura, o sectarismo ideológico dos partidos de esquerda não tem permitido entendimentos à esquerda que actuem em defesa das classes mais penalizadas pela crise e pela austeridade. Tal como nessa altura, a população não se identifica com as estratégias governativas dos partidos do bloco central e reclama urgentemente por alternativas políticas que ataquem, com pragmatismo, o problema do desemprego, dos baixos salários, dos salários em atraso, dos impostos excessivos e da falta de oportunidades.

Há, pois, razões objectivas para a criação de um ou mais partidos políticos que apresentem alternativas exequíveis às actuais politicas maquiavélicas de austeridade, perpetradas por uma elite económica e financeira internacional, cuja política gananciosa e expansionista está na origem da actual crise económica que ameaça a paz mundial. Há, pois, razões objectivas para a criação de um ou mais partidos políticos cujo objectivo principal seja o resgate das empresas e das famílias vítimas da actual conjuntura económica internacional. Há, pois, razões objectivas para a criação de um ou mais partidos políticos que denunciem o pagamento da dívida que não tiver sido contraída em proveito da população. Há, pois, razões objectivas para a criação de um ou mais partidos políticos que se oponham frontalmente às ingerências e políticas injustas e abusivas da União Europeia e que estejam, se necessário, dispostos a romper com o Euro e com a União Europeia, caso os políticos Europeus não se mostrem capazes de combater os egoísmos nacionalistas e de promover a igualdade em todo o território Europeu.

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